Hail Irmãos!
Vamos falar sobre Nova Era!
Pare! Se vc pensou naquela bobagem que os envangélicos criaram, dizendo ser a nova era!
Nova era tbm nao é nenhuma marca de shampoo, mas seria até interessante ver algo do tipo...
Enquanto os pastores estao nas igrejas gritando nos ouvidos de seus fieis (estao mais para otarios, mas dxa quieto), as forças Infernais trabalham de maneira eficaz, para concretizar os planos que eles criaram a centenas de anos.
Algumas pessoas acreditam q a Nova Era é um periodo em q as drogas serao liberadas, orgias serao aceitas, assassinatos serao comuns e todo tipo de perversao sera algo rotineiro de ser visto (pera ai, axo q falei um pouco de nosso cotidiano, kkk), mas agora falando serio.
Estamos vendo por ai tdo tipo de catastrofe, seja ela causada pelo homem, ou natural, porem ninguem para para estudar profundamente oq esta acontecendo em nosso redor.
Por mais q mtos nao queiram ver, o mundo esta se transformando, saindo daquelas teias ensebadas da igreja cristã e indo para o horizonte do Grande Pai Lucifer!
Mas sera que estamos prontos?
Sera que vamos suportar essas mudanças?
Uma nova era esta surgindo, e vai levar consigo toda aquela porcaria do cristianismo pra fogueia!
QUEIMA SATÃ!
A Nova Era levara a sociedade a um novo grau de conhecimento, mas para isto é necessario se esforçar, pois permanecer na merda e nao querer se limpar, ai ninguem atura!
Abrir os olhos para a nova realidade é necessario, nao basta vc querer mudar, é necessario q se esforce para isso.
Os tempos estao mudando, aqueles velhos conceitos estao sendo apagados por mentes criativas, fortes e capazes de mudar o mundo!
Os velhos dogmas logo nao existirao...
Oque ficara para guiar a humanidade?
O PODER DA NOVA ERA!
Como agir com esse poder?
Nao se prenda a velhos conceitos ou velhos dogmas q um dia vc seguiu.
Oque fazer na Nova Era?
Propague a palavra do verdadeiro Deus... Lucifer!
Todos aqueles que necessitam de auxilio, serao amparados nas maos de Lucifer, nao nas maos de um deus antiquado e hipocrita.
Enquanto pastores só gritam, SATANISTAS AGEM!
Enquanto pastores roubam o dinheiro de seus fieis, OS DEMONIOS PREPARAM A QUEDA DESTES MENTIROSOS!
Enquanto religioes cristas nao sabem oque fazer perante tanta criminalidade, O SATANISTA SE LIVRA DE SEUS PROBLEMAS!
VIVAM A NOVA ERA IRMÃOS!
POIS ELA NAO TERA FIM!
domingo, 20 de outubro de 2013
Azazel
De acordo com o livro de Enoque, é um dos 200 anjos que se rebelaram contra Deus .
Nos escritos apocalípticos é o poder do mal cósmico , identificado pelos impulsos dos homens maus e da morte .
Eles teriam vindo à Terra, para esposar os humanos e criar uma raça de gigantes .
O Livro das Revelações , de Abraão , descreve-o como uma criatura impura e com asas.
É identificado como a serpente que tentou Eva e que poderia ser o pai de Caim .
No século II os búlgaros bogomilianos concordavam que Satanael teria seduzido Eva e que ele, não Adão, era o pai de Caim .
A maioria dos bogomilianos foi queimada viva pelo imperador bizantino Alexis .
Os Atos dos Apóstolos falam, ainda, em outros três demônios a saber : RIRITH, divindade maléfica do sexo feminino, desencadeadora de tempestades, espécie de fantasma noctívago, que os babilônios chamavam de Lilitu .
Antiga tradição popular judaica afirma que Lilith teria sido a primeira mulher de Adão , BERGAR , cujo sentido é o de maligno e comparado, por São Paulo, como anti cristo , e ASMODEU , conforme já exclarecido, aparece no livro de Tobias como o assassino dos maridos de Sara .
O nome de Azazel significa "deus-bode". Na demonologia mulçumana, Azazel é a contraparte do demônio que refusou a adorar Adão ou reconhecer a supremacia de Deus. Seu nome foi mudado para Iblis (Eblis), que significa "desespero". Em Paraíso Perdido (I, 534), Milton usa o nome para o porta bandeiras dos anjos rebeldes.
Azazel é assim o destino do bode expiatório que carregava os pecados de Israel para o deserto no Iom Kipur (Lev. 16).
Dois bodes idênticos eram selecionados para o ritual.
Um era escolhido, por sorteio, como oferenda a Deus, e o outro era enviado para Azazel, no deserto, para ser lançado de um penhasco.
O sumo sacerdote recitava para o povo uma confissão de pecados sobre a cabeça do bode expiatório, e uma linha escarlate era enrolada, parte em volta de seus chifres, parte em volta de uma rocha no topo do penhasco.
Quando o bode caía, a linha tornava-se branca, indicando que os pecados do povo haviam sido perdoados.
Embora a palavra Azazel possa se referia a um lugar, ou ao bode, também foi explicada como sendo o nome de um demônio.
Os pecados de Israel estariam, pois, sendo devolvidos à sua fonte de impureza. Os cabalistas viam no bode um suborno às forças do mal, para que Satã não acusasse Israel e, ao contrário, falasse em sua defesa.
Azazel é também o nome de um anjo caído.
De acordo com Enoch, Azazel era outro dos Vigilantes caídos, outras fontes consideram-lo chefe dos Grigori. No conhecimento oculto ele é o demônio com sete cabeças de serpente, cada uma com duas faces. Ele é também conhecido por ter doze asas.
De acordo com os conhecimentos rabinos e os islâmicos, Azazel foi quem recusou reconhecimento e reverencia à Adão quando esse primeiro humano foi apresentado no Paraíso. Foi ele que originalmente que lançou a famosa questão, "Por que o Filho de Fogo deveria se curvar ao Filho de Argila?". Como nós sabemos, obviamente, Deus interviu por Adão.
Quem é Baphomet
Baphomet é um demônio, mais conhecido como um
ídolo do ocultista Eliphas Levi. A origem da palavra
Baphomet ficou perdida, e muitas especulações
podem ser feitas, desde uma corruptela de
Muhammad (Maomé - o nome do profeta do Islã), até
Baph+Metis do grego "Batismo de Sabedoria". Outra
teoria nos leva a uma composição do nome de três
deuses: Baph, que seria ligado ao deus Baal; Pho, que
derivaria do deus Moloch; e Met, advindo de um deus
dos egípcios, Set.
Ficou muito famoso pela relação com a maçonaria e
os templários, porque Em 1307 uma série de
acusações daria início a cruel perseguição imposta
pelo Papa Clemente V (Arcebispo de Bordéus, Beltrão
de Got) e pelo Rei de França Felipe IV, mais
conhecido como Felipe o Belo, contra a Ordem dos
Cavaleiros do Templo, também chamada de Ordem
dos Pobres Cavaleiros de Cristo, ou, simplesmente,
Templários. O processo inquisitorial movido contra os
Templários foi encerrado em 12 de setembro de 1314, quando da execução do Grão-Mestre da Ordem do
Templo, Jacques de Molay, juntamente com outros
dois Cavaleiros, todos queimados pelas chamas da
Inquisição.
No longo rol de acusações estavam: a negação de
Cristo, recusa de sacramentos, quebra de sigilo dos
Capítulos e enriquecimento, apostasia, além de
práticas obscenas e sodomia. O conjunto das
acusações montaria um quadro claro do que foi
denominado de desvirtuação dos princípios do
cristianismo, os quais teriam sido substituídos por
uma heterodoxia doutrinária de procedência oriental,
sobremodo islâmica.
No entanto, dentre as inúmeras acusações movidas
contra os Templários, uma ganharia especial
notoriedade, pois indicava adoração a um tipo de
ídolo, algo diabólico, entendido como um símbolo
místico utilizado pelos acusados em seus supostos
nefastos rituais. Na época das acusações, costumava-
se dizer que em cerimônias secretas, os Templários
veneravam um desconhecido demônio, que aparecia
sob a forma de um gato, um crânio ou uma cabeça
com três rostos. Na acusação, embora seja feita
menção a adoração de uma "cabeça", um "crânio", ou
de um "ídolo com três faces", nada é mencionado,
especificamente, sobre a denominação Baphomet.
Porém ocultistas e satanistas usam sua estrela para a
invocação de outros espíritos usando como um portal,
ou mesmo para realizar planos ambiciosos.
Para os membros da seita de Satanás, Baphomet é
um dos príncipes de Lúcifer na terra. sua história para
os satanistas vem do livro Goética de Salomão, onde
Salomão tinha aprisionado 72 espíritos e somente
com a estrela de Baphomet poderia abrir o portal.
Veja um símbolo de invocação:
Um dos primeiros maçons americanos foi o próprio 1°
presidente do EUA; George Washington, que deu
nome a cidade de Washington, essa mesma cidade
construída e inspirada por maçons que puseram
simbolismo em toda a cidade, vejam:
Planta da Cidade de Washingtom e estrela invertida
estátua de George Washington e a semelhança com Baphomet
Baphomet representa matérias opostas, ou seja o
bem e o mal, as trevas e a luz.
repare que ele tem seios femininos e o órgão genital
masculino, reparem que ele é humano e ao mesmo
tempo é animal, sua mão aponta o céu e a terra, ou
seja esse é o intuito de Lucífer quando tenta copiar a
frase de Jesus cristo , pois ele disse assim na terra
como no Céu, e Lúcifer também quer passar essa
imagem para todos seus adoradores e para isso usa
seu príncipe Baphomét.
O Principal utilizador e devoto de Bapohmet era Aleiter
Crowley, um satanista e ocultista conceituado por dar
origem a Estória do Mágico de Oz. vejam os vídeos
Baphomet Por Eliphas Levi
Na classificação e explicação das gravuras de seu livro
Dogma e Ritual da Alta Magia, Eliphas Levi classifica a
imagem de Baphomet como a figura panteística e
mágica do absoluto. O facho representa a inteligência
equilibrante do ternário e a cabeça de bode, reunindo
caracteres de cão, touro e burro, representa a
responsabilidade apenas da matéria e a expiação
corporal dos pecados. As mãos humanas mostram a
santidade do trabalho e fazem o sinal da iniciação
esotérica a indicar o antigo aforismo de Hermes
Trismegisto: o que está em cima é igual ao que está
embaixo. O sinal com as mãos também vem a
recomendar aos iniciados nas artes ocultas os
mistérios. Os crescentes lunares presentes na figura
indicam as relações entre o bem e o mal, da
misericórdia e da justiça. A figura pode ser colorida no
ventre (verde), no semicírculo (azul) e nas penas
(diversas cores). Possuindo seios, o bode representa
o papel de trazer à Humanidade os sinais da
maternidade e do trabalho, os quais são signos
redentores. Na fronte e embaixo do facho encontra-se
o signo do microcosmo a representar simbolicamente
a inteligência humana. Colocado abaixo do facho o
símbolo faz da chama dele uma imagem da revelação
divina. Baphomet deve estar assentado ou em um
cubo e tendo como estrado uma bola apenas ou uma
bola e um escabelo triangular.
Eliphas Levi lista as mais freqüentes representações
do Baphomet:
1. um ídolo com cabeça humana;
2. uma cabeça com duas faces;
3. com barba;
4. sem barba;
5. com a cabeça de um bode;
6. com a cabeça de um homem;
7. com a cabeça de um bode e o corpo de homem.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Os Sete Pecados Capitais e seus respectivos Demônios
Os conceitos incorporados no que se conhece hoje como os sete pecados capitais se trata de uma classificação de condições humanas conhecidas atualmente como vícios que é muito antiga e que precede ao surgimento do cristianismo mas que foi usada mais tarde pelo catolicismo com o intuito de controlar, educar, e proteger os seguidores, de forma a compreender e controlar os instintos básicos do ser humano.
Em 1589, Peter Binsfeld comparou cada um dos pecados capitais com seus respectivos demônios,seguindo os significados mais usados. De acordo com Binsfeld's Classification of Demons.
Asmodeus - Luxúria
Belzebu - Gula
Mammon - Ganância
Belphegor - Preguiça
Satã - Ira
Leviatã - Inveja
Lucifer - Orgulho
Em 1589, Peter Binsfeld comparou cada um dos pecados capitais com seus respectivos demônios,seguindo os significados mais usados. De acordo com Binsfeld's Classification of Demons.
Asmodeus - Luxúria
Belzebu - Gula
Mammon - Ganância
Belphegor - Preguiça
Satã - Ira
Leviatã - Inveja
Lucifer - Orgulho
666- Sagrado, Secreto e Sinistro
O “temível” e suspeito número 666 parece causar muito burburinho quando mencionado em rodinhas de “amigos”, encontros sociais (nem tão sociais assim) e almoços de família (com suas idiossincrasias). As pessoas ignorantes (que ignoram), com base em suas ideias equivocadas oriundas de dogmas enganosos seculares, acreditam piamente que o número seiscentos e sessenta e seis seja satânico, “sujo” e sinistro. Os textos bíblicos disseminaram muitas ideias que seriam motivo de sarcasmo por parte de Satã, se ele realmente existisse como a maioria das pessoas imagina. Se tal número é da besta, besta maior seria o homem, segundo o texto bíblico, pois “(...) calcule o número da besta, pois é o número do homem (...)”. Em essência a espécie humana é animal. De fato, e de modo geral, o homem se apresenta como uma besta humana cuja compreensão parece não ir além de interpretações limitadas e condicionadas. E todo o mal que existe no mundo apenas existe por causa do homem, de maneira direta ou indireta; não há nenhum Diabo nisso tudo.
Mas, sem divagar em teorias conspiracionistas e preconceitos religiosos, o número 666 encerra significações cabalísticas draconianas, ocultistas e psicológicas, o que nada tem a ver com o Diabo ou com o mal do mundo.
O texto bíblico diz que o homem foi criado no sexto dia, o que podemos deduzir que a besta de fato é o homem que em seus primórdios no planeta se comportava como qualquer animal instintivo, impulsivo e sem raciocínio; sua evolução se deu gradativamente ao longo de eras, mas, até então, o homem era simplesmente um animal, uma besta. Mas antes da besta humana aparecer, os animais sempre foram as formas de vida mais antigas e primitivas da Terra, surgiram muito antes da espécie humana bestial, e são, portanto, umas das primordiais manifestações da sabedoria no mundo manifestado. A cristandade substituiu a besta humana pelo dragão como a Grande Besta do mal (como muitos assim entendem).
Por outro lado, seis é o número da esfera do Sol, o que representa em nível humano o Eu Superior em seu aspecto luminoso, a inteligência manifestada, a mente expandida. O Sol e o número seis também podem ser representados pelo hexagrama e pela cruz (um símbolo bastante antigo e pré-cristão), que é desdobrada e desenvolvida a partir do cubo, que é um sólido geométrico de seis lados. O Sol está situado, na Árvore da Vida e da Morte cabalística, nas esferas de Tiphareth/Thagiriron (a Beleza e o Ardente Sol Negro), que é um nível de evolução onde o indivíduo atinge um alto grau de autoconhecimento e autoconsciência. Mas para que a evolução seja completa e a sabedoria seja internalizada é preciso conhecer o lado sinistro do sagrado e secreto Eu Superior (pois nada existe somente com uma face). E esse lado sinistro do Dragão de Sabedoria, do Eu Superior, é expresso pelo número 666 ou 999, já que sua multiplicação e soma finalmente resultam sempre no número noturno da Lua, ou seja, 9. A Lua representa a noite, o oculto, o secreto, o subconsciente e o sinistro (sombrio e “esquerdo” como o aspecto feminino e sexual do universo e da psique humana). Entenda-se que “sinistro” não é aquilo que é maligno, malévolo ou coisa semelhante; sinistro é “esquerdo”, e no contexto prático e metafísico draconiano indica a presença de elementos sexuais, femininos, instintivos e subconscientes (a maior fonte de poder de um iniciado e de um filósofo oculto). Portanto, nada há de maligno e nem tem a ver com qualquer fantasia paranoica do Diabo (pois este não existe). Afinal, nós temos o lado direito e esquerdo de nosso corpo, temos a mão direita e a esquerda, o lado direito e esquerdo do cérebro, etc.; fique só com o lado direto e você verá o quão simétrico, equilibrado, harmonioso e belo você parecerá!
Na prática da filosofia oculta e também do draconismo, 666 é o número da força sinistra do Eu Superior, o número do aspecto sombrio da Inteligência Solar do Daemon individual. Mas é também o número de Sorath, o Espírito do Sol, a força solar agressiva e impetuosa que impulsiona a evolução. Esse número, 666, pode ser extraído do Quadrado Mágico Solar, ou Kamea, que é dividido em 36 partes, ou quadrados menores numerados, cuja soma total é 666, que é o número do próprio nome de Sorath extraído pelo cálculo de suas letras hebraicas. Desse quadrado, para fins práticos, também é extraído o sigilo de Sorath. Sorath é a verdadeira e espiritual Besta da Revelação, a revelação do próprio Eu com seu animalismo (não confundir com animismo) natural, primitivo e intrínseco que se torna autoconsciente; é a revelação do conhecimento com compreensão, da Gnose, e da sabedoria das sombras (o subconsciente e o aspecto feminino, Sofia, Shakti, Shekinah).
O número 36 (3x6, 666) igualmente resulta em 9, a Lua, a consorte do Sol Negro (a Grande Besta, o Dragão de Sabedoria), demonstrando assim o equilíbrio entre as forças duais (como dois pilares) do universo e do ser humano, a união entre o feminino e o masculino, entre as trevas e a luz, entre o subconsciente e o supraconsciente, etc. A Lua é a yoni (vagina) de Shakti e o Sol Negro é o linga (pênis) de Shiva; a união de 999 com 666 que resulta finalmente em 9, a esfera do sexo, não somente o sexo humano, fisiológico e anatômico, mas principalmente o sexo metafísico e cósmico de todas as forças que são unidas para criar algo no universo e na natureza visíveis e invisíveis.
Tal união, como toda união entre forças opostas deveria ser, resulta em uma terceira força que é, no ser humano, o nascimento da autoconsciência e o renascimento do autêntico e completo ser humano em seu alto grau evolutivo, ou seja, o Homo veritas (o humano verdadeiro). As forças opostas não se opõem, mas se unem para criar. E o ser humano verdadeiro autoconsciente, não um mero humanoide autômato, cria a si mesmo a cada etapa evolutiva.
O número 666, portanto, é de fato o número do Homem, do Anjo e da Besta (o Eu Superior, o Dragão) com suas forças em equilíbrio e com a sabedoria das Sombras e da Luz.
Assim, todos têm a escolha de querer ser uma simples besta humana ignorante, simplória e “profana”, ou querer ser a Grande Besta sábia, superior e sagrada, pois o 666 é a verdadeira face sagrada, secreta e sinistra do Ser autoconsciente.
Mas, sem divagar em teorias conspiracionistas e preconceitos religiosos, o número 666 encerra significações cabalísticas draconianas, ocultistas e psicológicas, o que nada tem a ver com o Diabo ou com o mal do mundo.
O texto bíblico diz que o homem foi criado no sexto dia, o que podemos deduzir que a besta de fato é o homem que em seus primórdios no planeta se comportava como qualquer animal instintivo, impulsivo e sem raciocínio; sua evolução se deu gradativamente ao longo de eras, mas, até então, o homem era simplesmente um animal, uma besta. Mas antes da besta humana aparecer, os animais sempre foram as formas de vida mais antigas e primitivas da Terra, surgiram muito antes da espécie humana bestial, e são, portanto, umas das primordiais manifestações da sabedoria no mundo manifestado. A cristandade substituiu a besta humana pelo dragão como a Grande Besta do mal (como muitos assim entendem).
Por outro lado, seis é o número da esfera do Sol, o que representa em nível humano o Eu Superior em seu aspecto luminoso, a inteligência manifestada, a mente expandida. O Sol e o número seis também podem ser representados pelo hexagrama e pela cruz (um símbolo bastante antigo e pré-cristão), que é desdobrada e desenvolvida a partir do cubo, que é um sólido geométrico de seis lados. O Sol está situado, na Árvore da Vida e da Morte cabalística, nas esferas de Tiphareth/Thagiriron (a Beleza e o Ardente Sol Negro), que é um nível de evolução onde o indivíduo atinge um alto grau de autoconhecimento e autoconsciência. Mas para que a evolução seja completa e a sabedoria seja internalizada é preciso conhecer o lado sinistro do sagrado e secreto Eu Superior (pois nada existe somente com uma face). E esse lado sinistro do Dragão de Sabedoria, do Eu Superior, é expresso pelo número 666 ou 999, já que sua multiplicação e soma finalmente resultam sempre no número noturno da Lua, ou seja, 9. A Lua representa a noite, o oculto, o secreto, o subconsciente e o sinistro (sombrio e “esquerdo” como o aspecto feminino e sexual do universo e da psique humana). Entenda-se que “sinistro” não é aquilo que é maligno, malévolo ou coisa semelhante; sinistro é “esquerdo”, e no contexto prático e metafísico draconiano indica a presença de elementos sexuais, femininos, instintivos e subconscientes (a maior fonte de poder de um iniciado e de um filósofo oculto). Portanto, nada há de maligno e nem tem a ver com qualquer fantasia paranoica do Diabo (pois este não existe). Afinal, nós temos o lado direito e esquerdo de nosso corpo, temos a mão direita e a esquerda, o lado direito e esquerdo do cérebro, etc.; fique só com o lado direto e você verá o quão simétrico, equilibrado, harmonioso e belo você parecerá!
Na prática da filosofia oculta e também do draconismo, 666 é o número da força sinistra do Eu Superior, o número do aspecto sombrio da Inteligência Solar do Daemon individual. Mas é também o número de Sorath, o Espírito do Sol, a força solar agressiva e impetuosa que impulsiona a evolução. Esse número, 666, pode ser extraído do Quadrado Mágico Solar, ou Kamea, que é dividido em 36 partes, ou quadrados menores numerados, cuja soma total é 666, que é o número do próprio nome de Sorath extraído pelo cálculo de suas letras hebraicas. Desse quadrado, para fins práticos, também é extraído o sigilo de Sorath. Sorath é a verdadeira e espiritual Besta da Revelação, a revelação do próprio Eu com seu animalismo (não confundir com animismo) natural, primitivo e intrínseco que se torna autoconsciente; é a revelação do conhecimento com compreensão, da Gnose, e da sabedoria das sombras (o subconsciente e o aspecto feminino, Sofia, Shakti, Shekinah).
O número 36 (3x6, 666) igualmente resulta em 9, a Lua, a consorte do Sol Negro (a Grande Besta, o Dragão de Sabedoria), demonstrando assim o equilíbrio entre as forças duais (como dois pilares) do universo e do ser humano, a união entre o feminino e o masculino, entre as trevas e a luz, entre o subconsciente e o supraconsciente, etc. A Lua é a yoni (vagina) de Shakti e o Sol Negro é o linga (pênis) de Shiva; a união de 999 com 666 que resulta finalmente em 9, a esfera do sexo, não somente o sexo humano, fisiológico e anatômico, mas principalmente o sexo metafísico e cósmico de todas as forças que são unidas para criar algo no universo e na natureza visíveis e invisíveis.
Tal união, como toda união entre forças opostas deveria ser, resulta em uma terceira força que é, no ser humano, o nascimento da autoconsciência e o renascimento do autêntico e completo ser humano em seu alto grau evolutivo, ou seja, o Homo veritas (o humano verdadeiro). As forças opostas não se opõem, mas se unem para criar. E o ser humano verdadeiro autoconsciente, não um mero humanoide autômato, cria a si mesmo a cada etapa evolutiva.
O número 666, portanto, é de fato o número do Homem, do Anjo e da Besta (o Eu Superior, o Dragão) com suas forças em equilíbrio e com a sabedoria das Sombras e da Luz.
Assim, todos têm a escolha de querer ser uma simples besta humana ignorante, simplória e “profana”, ou querer ser a Grande Besta sábia, superior e sagrada, pois o 666 é a verdadeira face sagrada, secreta e sinistra do Ser autoconsciente.
Demonio Familiar ouDemonio Pessoal
Entre os corpos que queimaram na inquisição estavam aqueles dos condenados por viverem ao lado de um demônio que cumpria as funções de conselheiro, espião e protetor. As vezes estes demônios eram retratados possuindo um corpo humano, mas quase sempre assumiam a forma de animais: Corujas, Sapos, Lagartos, Morcegos, Cães e Gatos, entre os mais populares. Segundo o livro 'Martelo das Bruxas', o guia geral desta insanidade histórica, estes companheiros eram espíritos guardiões da arte da bruxaria e estavam sempre vigiando ou acompanhando os feiticeiros. Eles recebiam o nome de Familiares, uma vez que estavam tão próximos que era como se fossem da sua família. Na prática, qualquer oponente político da igreja podia ser condenado por ter gato ou cão doméstico. E mesmo se não tivesse era possivel que um corvo, coruja ou sapo rodeasse sua casa e visitasse este discípulo de Satã quando ninguém observava. Isso poderia ser comprovado caso a pessoa possuísse alguma mancha, ferida ou cicatriz no corpo, a "marca do Diabo" por onde ele alimentaria seu pequeno demônio com o próprio sangue. Em caso de nenhuma ferida ser encontrada, ainda era possível que o familiar e a marca fossem invisíveis e que esta só poderia ser encontrada usando as ferramentas de tortura costumeiras. Enfim, todo bruxo ou bruxa estava sempre acompanhado de seu demônio familiar. Veremos a seguir, que ao dizer isso, a Inquisição estava absolutamente certa.
Phrin, Rapho, Robin, Zewuiel, entre outros... Durante as seções de tortura as bruxas até identificavam estes familiares pelos seus nomes, que eram então registrados pelos demonologistas da época. Bem verdade que se confessa qualquer coisa quando quem pergunta tem uma bíblia na mão e uma pinça com brasa quente na outra. Entretanto a ligação dos animais serviçais com a feitiçaria tem mesmo seu fundo de verdade. Cornelius Agrippa possuia um cão negro chamado Monsieur com o qual conversava enquanto LaVey, mais extravagante, preferia amizade com seu tigre Togare. Relata-se que no século XIV, Leopoldo, irmão do duque Frederico III da Alemanha tentou usar Truwesniet, o espírito familiar de um feiticeiro contratado para libertar seu irmão da prisão. Um século antes, já houve ainda um papa chamado Bonifácio VIII, entusiasta do estudo da feitiçaria que era conhecido por possuir um espírito familiar. Não por coincidência este papa tornou-se um dos personagens a habitar o Inferno descrito por Dante Alighieri em sua Divina Comédia.
Um demônio pessoal, portanto não é uma idéia nova e não se deve apenas a fértil imaginação dos caçadores de bruxas. Ela remonta a antiguidade. Homero usou a palavra δαίμων (dáimon) para descrever este tipo de ser divino. Enquanto θεóς (theos) expressaa personalidade do poder ou força divina, dáimon designava sua atividade, via de regra uma intervenção sobrenatural súbita de alerta ou advertência não originada de nenhum deus do panteão. Sócrates, mentor de Platão, alegava ter seu próprio dáimon. Sócrates dizia ouvir freqüentemente uma voz que lhe advertia contra algumas coisas e lhe transmitia mensagens e ensinamentos. O ponto que quero destacar aqui é que este demônio nunca entrava em argumentações racionais com Sócrates, conhecido por seu gosto a conversação, mas simplesmente dava suas mensagens como um alerta da consciência.
Isso não causava qualquer espanto na época, era crença comum entre os gregos acreditar na existência destes daimons que acompanham um indivíduo desde o seu nascimento e que muitas vezes influenciava o curso da sua vida. Um daimon era considerado um intermediário entre os deuses e os homens, sempre pronto a falar para aqueles com ouvidos prontos para ouvir. Como vimos, para Sócrates seu demônio não era dado a racionalismos, entretanto Platão, este percursor da degeneração cristã, identificou o demônio pessoal com os elementos da razão. Antes não havia preocupação moral, um daimon poderia ser bom ou mal para os padrões humanos dependendo do ponto de vida, mas Platão em Timaeus lhes deu o cargo de guia espiritual, de modo que praticamente os igualou ao que chamamos hoje de super-ego freudiano. E na minha opinião ao fazer isso ofendeu grandemente meus amigos demônios.
Chamar contudo os demônios pessoais de irracionais é errar de novo pelo extremo oposto. Mais do que isso, é tentar entendê-los pelos critérios errados. Os familiares, como também gosto de chamá-los, não são irracionais, são anteriores a razão e estão acima dos ditames da lógica. O fato dos inquisitores o identificarem sempre com animais é muito significativo. Os animais representam a porção mais antiga de nossa mente que já estavam por ai muito tempo antes de acharmos que nossas abstrações mentais poderiam conter todo o universo. Por este motivo eles sempre foram respeitados nos templos da antiguidade, mesmo os deuses eram em geral retratados com caracteristicas animalescas. Anúbis com sua cabeça de coiote. Frey como um javali. Chifres para Pã e Asas para Belzebu. A lógica das religiões da luz branca perverteram este entendimento e não apenas transformaram os deuses animais em demônios como também exigiam que os animais, antes adorados fossem sacrificados ao seu Deus. Veja Genesis 4:4, 8:20, 22:13 só para citar alguns exemplos.
O problema é que por mais que alguém tente matar o animal dentro de si, sua própria animalidade não pode ser extirpada sem extirpar-se junto a própria vida. O mais controlado dos ascetas ainda vive sempre na companhia de seu animal interior, especialmente quando está sozinho. É neste sentido que digo que todo homem e toda mulher estão sempre acompanhados de um demônio familiar. Este guardião aparece em momentos de vida ou morte, e é aguçado sempre que experimentamos sensações próprias de quem tem um corpo de carne. Não é interessante o fato que os gregos também identificaram diversos daimones com estes estimulos? Sono, Líbido, Alegria, Ödio, Medo, Morte, Velhice são alguns bons exemplos desta enorme família.
Modernamente foi Carl Gustav Jung um dos homens que resgatou a importância do contato com nossos demônios pessoais. Para Jung, estes guardiões são parte do inconsciente coletivo para diferenciá-lo de nossa consciência normal. Ele os via como "substratos psíquicos comum de natureza suprapessoal", que não é adquirido, mas herdado. Ele mesmo tinha um destes guias, de nome Philemon, que segundo ele mesmo teve participação crucial no desenvolvimento de sua vida e obra. Jung não entendia Philemon como um fenômenos objetivo que podia operar internamente por meio de seus sonhos, inspirações, pensamentos e fantasias, ou externamente por meio de visões e aparições. Vale ressaltar que ele não tratava este seu demônio como unicamente interior classificando as todas as aparições exteriores como meras projeções, pois considerava que a psique humana não estava limitada pelo nosso corpo. Essa é a idéia que quero propor de demônio pessoal, ou familiar. Não uma mera metáfora para uma parte da personalidade, mas como um ser trancedente. Mas cuidado com esta última palavra; por "transcedente" não quero dizer além da realidade, a distinção não é entre o interior e o exterior, mas entre o pessoal e o impessoalidade. Em certo sentido os demônios podem ser os dois ao mesmo tempo.
Este demônio pessoal pode ser experenciado, portanto é tão real quando o amor ou um pedaço de picanha. Ele está mais próximo de você do que sua veia jugular, mesmo quando o negamos ou tentamos fingir que ele não está lá. Durante a existência da Igreja de Lúcifer, em meados dos anos 90 aprendi com o notável Lord Ahriman uma técnica para se conscientizar deste animal guardião que está sempre conosco. Não era preciso preparar o altar nem mesmo necessariamente ser feito dentro da camara ritual previamente arrumada.
Ritual de Contato com o Demônio Familiar
Sente-se confortavelmente e feche os olhos em um ambiente calmo, silencioso e que não esteja iluminado demais. Assegure-se também que a temperatura esteja normal e que você não será incomodado por ninguém. Concentre-se então nas manifestações de seu corpo, preste atenção em sua respiração, o batimento de seu coração e em todas as funções internas que você normalmente não presta atenção. Busque despertar a consciência que existe um lado seu que permanece constante desde que você nasceu. Perceba que independente de suas crenças ou modo de vida, você vive constantemente em dois mundos e que o mundo interior, ignorado ou não está sempre lá.
Estando dentro deste outro mundo, invoque mentalmente seu familiar para se manifestar. Mantenha a mente limpa para que ele possa surgir por si mesmo e aguarde surgir em sua mente uma manifestação de sua forma, usualmente no corpo de um animal. Se desejar poderá perguntar então o seu nome, para usos mágicos futuros, nome este que deve vir também por meio de uma resposta mental.
Esta é um processo interior e talvez nas primeiras vezes o demônio pessoal não se manifeste, especialmente se até hoje você nunca buscou um contato maior com este lado de sua vida. Nada, entretanto que a persistência não resolva.
Como utilizar seu Demônio Familiar
Sabendo a forma e o nome de seu familiar você poderá utilizá-lo como uma ferramenta muito interessante para acessar recursos ocultos de seus instintos e intuição. Seguem alguns exemplos de como isso pode ser feito:
Quando estiver a caminho de algum lugar e estiver indeciso sobre a qual o melhor percurso, feche os olhos e veja o seu demônio familar em algum lugar próximo a você, pergunte então e ele: "Qual o melhor caminho a tomar". Mantenha a mente receptiva e a resposta virá por meio de uma resposta intuitiva mental imediata.
A próximas vez que quiser saber que horas são. Feche os olhos e pergunte ao seu demônio familiar "Que horas são?" visualizando sua imagem tal como ele se revelou. Depois limpe a mente e mantenha-se receptivo para receber a resposta mental. Ela vira de súbito a sua mente. Preste atenção a primeira impressão intuitiva e então verifique sua exatidão no relógio.
Quando encontrar uma pessoa pela primeira vez, antes do primeiro contato imagine a forma de seu Animal demoníaco avaliando, cheirando e rondando o individuo em questão. Pergunte a seguir "Qual sua impressão desta pessoa?" Espere com a mente aberta e receba então a avaliação de seu companheiro. Nas primeiras vezes esta avaliação pode ver como mera simpatia ou antipatia, mas poderá ser aperfeiçoada conforme você e o familiar ganham afinidade.
Caso você seja do tipo que gosta de jogos de azar, leve seu familiar para a mesa na próxima rodada. Fique atento a suas advertências e sugestões. Lembre-se de acatar suas dicas sem tentar entndê-las. Em um outro dia jogue sem a ajuda do seu companheiro. Compare os resultados.
Quando receber uma mensagem, carta, ou quando o telefone tocar ou receber um torpedo, feche os olhos e antes de ver quem é imagine novamente a forma de seu familiar e pergunte: "Quem está entrando em contato?". Aguarde um pouco e a resposta virá por meio de uma resposta intuitiva, Adicionalmente você poderá perguntar em um segundo momento, qual é a intenção do contato.
Quando for a um lugar ou ambiente que não conhece, envie seu familiar na sua frente. Espere ele voltar e então receba as impressões do local que ele apresentar. Compare posteriormente com suas próprias impressões do lugar. Compare novamente com suas impressões depois de uma semana.
Outros usos semelhantes poderão ser encontrados. É muito importante que as respostas sejam aceitas de pronto mesmo se parecerem estranhas a princípio. Evite racionalizar sobre elas quando consultar seu guardião, não permita que pensamentos posteriores modifiquem a sugestão intuitiva que receber. O seu demônio pessoal opera em um nível anterior ao do processo lógico e da argumentação. Pode existir certa dificuldade para receber as respostas precisas num primeiro momento, mas a repetição destas praticas e o reforço do ritual de contato com seu interior pode fortalecer suas aptidões e exatidão das respostas.
Você perceberá com o tempo que as respostas ficarão cada vez mais acuradas. Demônios pessoais não são imutáveis, eles demonstram se desenvolver e se aprimorar tanto quando os individuo que acompanham, com o passar dos anos verá que o nível de comunicação e interação atingem patamares antes insuspeitos. Em um segundo momento poderá perceber que o guardião passa a se manifestar por si mesmo, e não apenas quando é consultado. Um alerta em momento de perigo, uma impressão inesperada revelam que estão se tornando parceiros mais intimos. Jung entendeu isso pois ensinou que no curso da nossa individualização nós nos movemos entre o inconsciente para o inconsciente coletivo impessoal, ou em outras palavras do vegetativo para o divino. O demônio pessoal reflete e acompanha este desenvolvimento.
Para concluir, devo dizer que com o uso do demônio pessoal não quero fazer uma apologia ao uso exclusivo dos instintos em detrimento dos meios convencionais da razão. Instinto puro é também aquilo que adolescentes terem ereções olhando para um pedaço de planta morta e bebês tartarugas sairem da praia rumo as luzes da auto-estrada. O poder do raciocínio e do planejamento não deve ser negado. Graças a eles descortinamos muitos mistérios e conquistamos muitas coisas de valor. A razão é um poder luciferino que deve ser considerado um aliado poderoso. Mas considere apenas que este é um aliado bastante recente evolutivamente falando. A intuição é uma boa e velha amiga que nos acompanhou por milênios e pode ser resgatada e exercitada na forma de um familiar. Minha proposição é apenas que nossa amizade com a razão não nos faça esquecer nossos amigos mais antigos.
Phrin, Rapho, Robin, Zewuiel, entre outros... Durante as seções de tortura as bruxas até identificavam estes familiares pelos seus nomes, que eram então registrados pelos demonologistas da época. Bem verdade que se confessa qualquer coisa quando quem pergunta tem uma bíblia na mão e uma pinça com brasa quente na outra. Entretanto a ligação dos animais serviçais com a feitiçaria tem mesmo seu fundo de verdade. Cornelius Agrippa possuia um cão negro chamado Monsieur com o qual conversava enquanto LaVey, mais extravagante, preferia amizade com seu tigre Togare. Relata-se que no século XIV, Leopoldo, irmão do duque Frederico III da Alemanha tentou usar Truwesniet, o espírito familiar de um feiticeiro contratado para libertar seu irmão da prisão. Um século antes, já houve ainda um papa chamado Bonifácio VIII, entusiasta do estudo da feitiçaria que era conhecido por possuir um espírito familiar. Não por coincidência este papa tornou-se um dos personagens a habitar o Inferno descrito por Dante Alighieri em sua Divina Comédia.
Um demônio pessoal, portanto não é uma idéia nova e não se deve apenas a fértil imaginação dos caçadores de bruxas. Ela remonta a antiguidade. Homero usou a palavra δαίμων (dáimon) para descrever este tipo de ser divino. Enquanto θεóς (theos) expressaa personalidade do poder ou força divina, dáimon designava sua atividade, via de regra uma intervenção sobrenatural súbita de alerta ou advertência não originada de nenhum deus do panteão. Sócrates, mentor de Platão, alegava ter seu próprio dáimon. Sócrates dizia ouvir freqüentemente uma voz que lhe advertia contra algumas coisas e lhe transmitia mensagens e ensinamentos. O ponto que quero destacar aqui é que este demônio nunca entrava em argumentações racionais com Sócrates, conhecido por seu gosto a conversação, mas simplesmente dava suas mensagens como um alerta da consciência.
Isso não causava qualquer espanto na época, era crença comum entre os gregos acreditar na existência destes daimons que acompanham um indivíduo desde o seu nascimento e que muitas vezes influenciava o curso da sua vida. Um daimon era considerado um intermediário entre os deuses e os homens, sempre pronto a falar para aqueles com ouvidos prontos para ouvir. Como vimos, para Sócrates seu demônio não era dado a racionalismos, entretanto Platão, este percursor da degeneração cristã, identificou o demônio pessoal com os elementos da razão. Antes não havia preocupação moral, um daimon poderia ser bom ou mal para os padrões humanos dependendo do ponto de vida, mas Platão em Timaeus lhes deu o cargo de guia espiritual, de modo que praticamente os igualou ao que chamamos hoje de super-ego freudiano. E na minha opinião ao fazer isso ofendeu grandemente meus amigos demônios.
Chamar contudo os demônios pessoais de irracionais é errar de novo pelo extremo oposto. Mais do que isso, é tentar entendê-los pelos critérios errados. Os familiares, como também gosto de chamá-los, não são irracionais, são anteriores a razão e estão acima dos ditames da lógica. O fato dos inquisitores o identificarem sempre com animais é muito significativo. Os animais representam a porção mais antiga de nossa mente que já estavam por ai muito tempo antes de acharmos que nossas abstrações mentais poderiam conter todo o universo. Por este motivo eles sempre foram respeitados nos templos da antiguidade, mesmo os deuses eram em geral retratados com caracteristicas animalescas. Anúbis com sua cabeça de coiote. Frey como um javali. Chifres para Pã e Asas para Belzebu. A lógica das religiões da luz branca perverteram este entendimento e não apenas transformaram os deuses animais em demônios como também exigiam que os animais, antes adorados fossem sacrificados ao seu Deus. Veja Genesis 4:4, 8:20, 22:13 só para citar alguns exemplos.
O problema é que por mais que alguém tente matar o animal dentro de si, sua própria animalidade não pode ser extirpada sem extirpar-se junto a própria vida. O mais controlado dos ascetas ainda vive sempre na companhia de seu animal interior, especialmente quando está sozinho. É neste sentido que digo que todo homem e toda mulher estão sempre acompanhados de um demônio familiar. Este guardião aparece em momentos de vida ou morte, e é aguçado sempre que experimentamos sensações próprias de quem tem um corpo de carne. Não é interessante o fato que os gregos também identificaram diversos daimones com estes estimulos? Sono, Líbido, Alegria, Ödio, Medo, Morte, Velhice são alguns bons exemplos desta enorme família.
Modernamente foi Carl Gustav Jung um dos homens que resgatou a importância do contato com nossos demônios pessoais. Para Jung, estes guardiões são parte do inconsciente coletivo para diferenciá-lo de nossa consciência normal. Ele os via como "substratos psíquicos comum de natureza suprapessoal", que não é adquirido, mas herdado. Ele mesmo tinha um destes guias, de nome Philemon, que segundo ele mesmo teve participação crucial no desenvolvimento de sua vida e obra. Jung não entendia Philemon como um fenômenos objetivo que podia operar internamente por meio de seus sonhos, inspirações, pensamentos e fantasias, ou externamente por meio de visões e aparições. Vale ressaltar que ele não tratava este seu demônio como unicamente interior classificando as todas as aparições exteriores como meras projeções, pois considerava que a psique humana não estava limitada pelo nosso corpo. Essa é a idéia que quero propor de demônio pessoal, ou familiar. Não uma mera metáfora para uma parte da personalidade, mas como um ser trancedente. Mas cuidado com esta última palavra; por "transcedente" não quero dizer além da realidade, a distinção não é entre o interior e o exterior, mas entre o pessoal e o impessoalidade. Em certo sentido os demônios podem ser os dois ao mesmo tempo.
Este demônio pessoal pode ser experenciado, portanto é tão real quando o amor ou um pedaço de picanha. Ele está mais próximo de você do que sua veia jugular, mesmo quando o negamos ou tentamos fingir que ele não está lá. Durante a existência da Igreja de Lúcifer, em meados dos anos 90 aprendi com o notável Lord Ahriman uma técnica para se conscientizar deste animal guardião que está sempre conosco. Não era preciso preparar o altar nem mesmo necessariamente ser feito dentro da camara ritual previamente arrumada.
Ritual de Contato com o Demônio Familiar
Sente-se confortavelmente e feche os olhos em um ambiente calmo, silencioso e que não esteja iluminado demais. Assegure-se também que a temperatura esteja normal e que você não será incomodado por ninguém. Concentre-se então nas manifestações de seu corpo, preste atenção em sua respiração, o batimento de seu coração e em todas as funções internas que você normalmente não presta atenção. Busque despertar a consciência que existe um lado seu que permanece constante desde que você nasceu. Perceba que independente de suas crenças ou modo de vida, você vive constantemente em dois mundos e que o mundo interior, ignorado ou não está sempre lá.
Estando dentro deste outro mundo, invoque mentalmente seu familiar para se manifestar. Mantenha a mente limpa para que ele possa surgir por si mesmo e aguarde surgir em sua mente uma manifestação de sua forma, usualmente no corpo de um animal. Se desejar poderá perguntar então o seu nome, para usos mágicos futuros, nome este que deve vir também por meio de uma resposta mental.
Esta é um processo interior e talvez nas primeiras vezes o demônio pessoal não se manifeste, especialmente se até hoje você nunca buscou um contato maior com este lado de sua vida. Nada, entretanto que a persistência não resolva.
Como utilizar seu Demônio Familiar
Sabendo a forma e o nome de seu familiar você poderá utilizá-lo como uma ferramenta muito interessante para acessar recursos ocultos de seus instintos e intuição. Seguem alguns exemplos de como isso pode ser feito:
Quando estiver a caminho de algum lugar e estiver indeciso sobre a qual o melhor percurso, feche os olhos e veja o seu demônio familar em algum lugar próximo a você, pergunte então e ele: "Qual o melhor caminho a tomar". Mantenha a mente receptiva e a resposta virá por meio de uma resposta intuitiva mental imediata.
A próximas vez que quiser saber que horas são. Feche os olhos e pergunte ao seu demônio familiar "Que horas são?" visualizando sua imagem tal como ele se revelou. Depois limpe a mente e mantenha-se receptivo para receber a resposta mental. Ela vira de súbito a sua mente. Preste atenção a primeira impressão intuitiva e então verifique sua exatidão no relógio.
Quando encontrar uma pessoa pela primeira vez, antes do primeiro contato imagine a forma de seu Animal demoníaco avaliando, cheirando e rondando o individuo em questão. Pergunte a seguir "Qual sua impressão desta pessoa?" Espere com a mente aberta e receba então a avaliação de seu companheiro. Nas primeiras vezes esta avaliação pode ver como mera simpatia ou antipatia, mas poderá ser aperfeiçoada conforme você e o familiar ganham afinidade.
Caso você seja do tipo que gosta de jogos de azar, leve seu familiar para a mesa na próxima rodada. Fique atento a suas advertências e sugestões. Lembre-se de acatar suas dicas sem tentar entndê-las. Em um outro dia jogue sem a ajuda do seu companheiro. Compare os resultados.
Quando receber uma mensagem, carta, ou quando o telefone tocar ou receber um torpedo, feche os olhos e antes de ver quem é imagine novamente a forma de seu familiar e pergunte: "Quem está entrando em contato?". Aguarde um pouco e a resposta virá por meio de uma resposta intuitiva, Adicionalmente você poderá perguntar em um segundo momento, qual é a intenção do contato.
Quando for a um lugar ou ambiente que não conhece, envie seu familiar na sua frente. Espere ele voltar e então receba as impressões do local que ele apresentar. Compare posteriormente com suas próprias impressões do lugar. Compare novamente com suas impressões depois de uma semana.
Outros usos semelhantes poderão ser encontrados. É muito importante que as respostas sejam aceitas de pronto mesmo se parecerem estranhas a princípio. Evite racionalizar sobre elas quando consultar seu guardião, não permita que pensamentos posteriores modifiquem a sugestão intuitiva que receber. O seu demônio pessoal opera em um nível anterior ao do processo lógico e da argumentação. Pode existir certa dificuldade para receber as respostas precisas num primeiro momento, mas a repetição destas praticas e o reforço do ritual de contato com seu interior pode fortalecer suas aptidões e exatidão das respostas.
Você perceberá com o tempo que as respostas ficarão cada vez mais acuradas. Demônios pessoais não são imutáveis, eles demonstram se desenvolver e se aprimorar tanto quando os individuo que acompanham, com o passar dos anos verá que o nível de comunicação e interação atingem patamares antes insuspeitos. Em um segundo momento poderá perceber que o guardião passa a se manifestar por si mesmo, e não apenas quando é consultado. Um alerta em momento de perigo, uma impressão inesperada revelam que estão se tornando parceiros mais intimos. Jung entendeu isso pois ensinou que no curso da nossa individualização nós nos movemos entre o inconsciente para o inconsciente coletivo impessoal, ou em outras palavras do vegetativo para o divino. O demônio pessoal reflete e acompanha este desenvolvimento.
Para concluir, devo dizer que com o uso do demônio pessoal não quero fazer uma apologia ao uso exclusivo dos instintos em detrimento dos meios convencionais da razão. Instinto puro é também aquilo que adolescentes terem ereções olhando para um pedaço de planta morta e bebês tartarugas sairem da praia rumo as luzes da auto-estrada. O poder do raciocínio e do planejamento não deve ser negado. Graças a eles descortinamos muitos mistérios e conquistamos muitas coisas de valor. A razão é um poder luciferino que deve ser considerado um aliado poderoso. Mas considere apenas que este é um aliado bastante recente evolutivamente falando. A intuição é uma boa e velha amiga que nos acompanhou por milênios e pode ser resgatada e exercitada na forma de um familiar. Minha proposição é apenas que nossa amizade com a razão não nos faça esquecer nossos amigos mais antigos.
Ritual De Licantropia
O seguinte ritual de licantropia faz parte da produção cultural fruto da formação da fraternidade satânica conhecida como Fraternitas Templi Satanis e dele fez parte como uma de suas publicações oficiais, sendo sua Trigésima Quarta Ata Ritualística. Suas operações são baseadas nas práticas da Black Order of the Dragon, mas ganhou corpo próprio após experimentação pessoal. Seu uso é indicado nos momentos em que a força, fúria, vitalidade e consciência animal se fazem necessárias.
Todo ser humano é uma fera em potencial. Os desavisados podem estranhar um ritual de Licantropia sendo apresentado como um ritual satânico. Contudo, uma breve meditação mostra que nada pode ser mais esperado do que isso. O Satanismo afinal, enquanto corrente filosófica ensina que na psique humana existe um imenso reservatório de energia, potencia e criatividade que para a maioria das pessoas permanece intocado por toda sua vida. Foi Anton LaVey mesmo que bradou que "Existe uma besta no homem que deve ser exercitada, não exorcisada."
Este abismo, representado em geral pela figura de Satã, têm na verdade muitas outras formas, sendo a animalesca uma das mais populares nas diversas mitologias ao redor do mundo. Raro o povo que não tenha uma forma-deus que seja meio animal ou dotado de características claramente bestiais. Fenriz, Set e Pã são apenas alguns para citar os mais conhecidos. Não é acaso que estes três deuses foram posteriormente identificados com o a figura do diabo.
O ritual deve ser, para maior aproveitamento, realizado ao ar livre, logo que o crepúsculo se iniciar.
Ritual
0. Que o altar seja erguido como se deve saber. *Refere-se ao erguer do Altar Satânico
1. Que se execute o Ritual do Pentagrama Invertido.
2. Que com o dedo indicador ou athame, trace um círculo no sentido anti-horário em um espaço grande o suficiente para conter uma pessoa.
3. Que de frente para o altar e para o círculo a seguinte invocação seja feita:
"Que se manifestem os demoníacos poderes das feras! Eu envoco todas as criaturas da sombra, para que uma delas adentre no circulo que tracei para recebê-las.
Que um dentre os milhares seres do abismo nigérrimo traga sua natureza bestial, e faça de mim um verdadeiro ser licantropo.
Fantasmas da Escuridão! Eu vos invoco, completem minha vontade humana com a força animal! "
4. Quando perceber que conseguiu satisfatoriamente manifestar o poder bestial dentro do círculo, entre nele e feche os olhos por alguns segundos. E que então urre catarticamente.
5. Desfoque sua mente de sua racionalidade humana e mergulhe na sua visão astral. Sinta cada músculo fortalecer e expandir bestialmente, a pelagem crescer abundantemente em seu corpo. Sinta sua feição transforma-se na de um feroz ser noctívago. Veja seus dedos se converterem em garras e seus dentes se transformarem em presas. Sinta a consciência licantropia e realize o que tiver de realizar.
6. Quando a forma besta não lhe for mais útil entre novamente no circulo e volte novamente à forma humana. Feche o circulo no sentido horário e execute o ritual do pentagrama. A forma besta não deverá ser mantida até o nascer do sol.
Comentário de R.C Zarco
Independentemente da natureza licantropa do ritual,deve-se evitar a manutenção prolongada da "forma-deus" assumida.Como mesmo bibliografia menos agenciada a princípios dogmáticos e religiosos-estritos corrobora, faz-se mister conceber a co-existência de duas instâncias distintas na experiência Humana.Um dos livros-exemplos apto a debater acerca essa "dupla natureza Humana" com amplidão e profundidade impressionantes,arranja-se a brochura "O Sagrado e o Profano" de Mircea Eliade.
Na supracitada obra,o romeno filósofo e antropólogo-das-religiões parte de uma análise,típica sua,apta a servir-se da Teologia Comparativa para ratificar que em todas manifestações religiosas do Homem há uma delimitação clara entre as dimensões "sagrada" e "profana".O devanecer desta fronteira quase universal da percepção religiosa da Humanidade,traduzir-se-ia numa instilação do prosaico e comezinho dentro da vivência das forças,assim até então consideradas,"sobrenaturais","mágicas" e "entusiasmantes" imanentes ao possível Sagrado componente do surdinar numa dada religião.Em suma,acabar-se-ia por "profanizar","corromper" ou "banalizar" o vivificar do Sagrado naquela religião.
Mediante a tal fator,perguntar-se-á,ceticamente,porventura:"E qual o maldito problema com esta banalização?!"A réplica a tal pergunta surpresa e ácida,trata-se:"Ocorre o rasgar do véu do tabernáculo, causando,destarte,uma decadência da aura de mistério dos procedimentos religiosos,possibilitar-se-a o tornar da magia algo fora do campo fantástico que lhe é próprio transformando o ritual numa mera liturgia dominical ou ladainha derruída de significado metamórfico.".Sim,libérrima dos vapores fantasmais,fugazes e feéricos,o poder da Magia presente,em doses desiguais,em toda manifestação ritualístico-religiosa enfraquece,desta forma não propiciando uma palpável e satisfatória quebra da Consciência necessária à fruição transformadora,afetativa e intensa do Inconsciente ou Psicodrama Arquetípico.
Sem os copiosos e vitais devires da Inconsciência ou Teatralidade Arquetípico-Psicodramática,a Vontade assoma-se,neste caso,incapacitada de transmutar tanto as variáveis exógenas quanto os elementos endógenos do operador ou adepto duma religião(religare).Trocando em miúdos,põe-se que a geração de mutações no dado e criação de novas linhas-de-fuga existenciais recaem perto da nulidade sem as pulsões primais do ente que só vêm à tona sob certas condições de despressurização da Razão Subjetiva e Consciência.
O incansável questionador pode,a esta altura da trova,inferir ainda:"Tudo bem,parece-me que a dimensão Sagrada com tudo aquilo que possui de Inconsciência traduz-se na mais cabível de operar mágica e extaticamente,entretanto qual garantia detens de que num dissolver das fronteiras do 'Sagrado' e 'Profano' ter-se-ia uma primazia da profanidade sobre a sacralidade?".Realmente,constrói-se pensável uma equação oposta onde se viveria quase num perene estado de Iluminação libérrimo de tudo que é "Profano" e "Cotidiano".Porém, a hipótese de acontecimento dessa sorte de resultado é baixíssima...
Desde que somos expelidos entre sangue,urina e imundícies fisiológicas na dita Terra,sofremos um progressivo processo de normatização das ações,pensamentos e emoções segundo a moralidade duma dada época histórica.Somos,até mesmo,persuadidos que detemos um Ego substancial e monista apto a representar-nos como identidade dia após dia...Logo,tal deformação massiva,constante e genérica muito dificilmente poderá ser rompida sem um,socialmente assim julgado,"prejuízo psiquiátrico" irresilível(Exemplo: Esquizofrenia),estoicismo(Exemplo:Suportar a pobreza causada pela exclusão feita pela Sociedade gregária) e serenidade.Observando-se,mesmo de relance,os mais visíveis elementos da Coletividade dos Entes,apercebe-se de que mui menos da metade deles é dotado de tamanhas coragem,estoicismo e placidez indispensáveis para uma alteração de tamanha magnitude.O "Sagrado" compõe-se menos "forte","viável" e "concreto" que o "Profano",tendo este cabeiro uma mais plausível condição de imposição continuada do que aquele...
Conclui-se,desta maneira,que uma manutenção prolongada no estado "lupino" ou "animalesco" do rito forçaria a uma perda de divisória entre o "Sagrado" e "Profano" no magista.As conseqüências menos graves e notórias,materilizar-se-iam numa perda de eficácia do ritual por sua recém-adquirida "banalidade"...
Todo ser humano é uma fera em potencial. Os desavisados podem estranhar um ritual de Licantropia sendo apresentado como um ritual satânico. Contudo, uma breve meditação mostra que nada pode ser mais esperado do que isso. O Satanismo afinal, enquanto corrente filosófica ensina que na psique humana existe um imenso reservatório de energia, potencia e criatividade que para a maioria das pessoas permanece intocado por toda sua vida. Foi Anton LaVey mesmo que bradou que "Existe uma besta no homem que deve ser exercitada, não exorcisada."
Este abismo, representado em geral pela figura de Satã, têm na verdade muitas outras formas, sendo a animalesca uma das mais populares nas diversas mitologias ao redor do mundo. Raro o povo que não tenha uma forma-deus que seja meio animal ou dotado de características claramente bestiais. Fenriz, Set e Pã são apenas alguns para citar os mais conhecidos. Não é acaso que estes três deuses foram posteriormente identificados com o a figura do diabo.
O ritual deve ser, para maior aproveitamento, realizado ao ar livre, logo que o crepúsculo se iniciar.
Ritual
0. Que o altar seja erguido como se deve saber. *Refere-se ao erguer do Altar Satânico
1. Que se execute o Ritual do Pentagrama Invertido.
2. Que com o dedo indicador ou athame, trace um círculo no sentido anti-horário em um espaço grande o suficiente para conter uma pessoa.
3. Que de frente para o altar e para o círculo a seguinte invocação seja feita:
"Que se manifestem os demoníacos poderes das feras! Eu envoco todas as criaturas da sombra, para que uma delas adentre no circulo que tracei para recebê-las.
Que um dentre os milhares seres do abismo nigérrimo traga sua natureza bestial, e faça de mim um verdadeiro ser licantropo.
Fantasmas da Escuridão! Eu vos invoco, completem minha vontade humana com a força animal! "
4. Quando perceber que conseguiu satisfatoriamente manifestar o poder bestial dentro do círculo, entre nele e feche os olhos por alguns segundos. E que então urre catarticamente.
5. Desfoque sua mente de sua racionalidade humana e mergulhe na sua visão astral. Sinta cada músculo fortalecer e expandir bestialmente, a pelagem crescer abundantemente em seu corpo. Sinta sua feição transforma-se na de um feroz ser noctívago. Veja seus dedos se converterem em garras e seus dentes se transformarem em presas. Sinta a consciência licantropia e realize o que tiver de realizar.
6. Quando a forma besta não lhe for mais útil entre novamente no circulo e volte novamente à forma humana. Feche o circulo no sentido horário e execute o ritual do pentagrama. A forma besta não deverá ser mantida até o nascer do sol.
Comentário de R.C Zarco
Independentemente da natureza licantropa do ritual,deve-se evitar a manutenção prolongada da "forma-deus" assumida.Como mesmo bibliografia menos agenciada a princípios dogmáticos e religiosos-estritos corrobora, faz-se mister conceber a co-existência de duas instâncias distintas na experiência Humana.Um dos livros-exemplos apto a debater acerca essa "dupla natureza Humana" com amplidão e profundidade impressionantes,arranja-se a brochura "O Sagrado e o Profano" de Mircea Eliade.
Na supracitada obra,o romeno filósofo e antropólogo-das-religiões parte de uma análise,típica sua,apta a servir-se da Teologia Comparativa para ratificar que em todas manifestações religiosas do Homem há uma delimitação clara entre as dimensões "sagrada" e "profana".O devanecer desta fronteira quase universal da percepção religiosa da Humanidade,traduzir-se-ia numa instilação do prosaico e comezinho dentro da vivência das forças,assim até então consideradas,"sobrenaturais","mágicas" e "entusiasmantes" imanentes ao possível Sagrado componente do surdinar numa dada religião.Em suma,acabar-se-ia por "profanizar","corromper" ou "banalizar" o vivificar do Sagrado naquela religião.
Mediante a tal fator,perguntar-se-á,ceticamente,porventura:"E qual o maldito problema com esta banalização?!"A réplica a tal pergunta surpresa e ácida,trata-se:"Ocorre o rasgar do véu do tabernáculo, causando,destarte,uma decadência da aura de mistério dos procedimentos religiosos,possibilitar-se-a o tornar da magia algo fora do campo fantástico que lhe é próprio transformando o ritual numa mera liturgia dominical ou ladainha derruída de significado metamórfico.".Sim,libérrima dos vapores fantasmais,fugazes e feéricos,o poder da Magia presente,em doses desiguais,em toda manifestação ritualístico-religiosa enfraquece,desta forma não propiciando uma palpável e satisfatória quebra da Consciência necessária à fruição transformadora,afetativa e intensa do Inconsciente ou Psicodrama Arquetípico.
Sem os copiosos e vitais devires da Inconsciência ou Teatralidade Arquetípico-Psicodramática,a Vontade assoma-se,neste caso,incapacitada de transmutar tanto as variáveis exógenas quanto os elementos endógenos do operador ou adepto duma religião(religare).Trocando em miúdos,põe-se que a geração de mutações no dado e criação de novas linhas-de-fuga existenciais recaem perto da nulidade sem as pulsões primais do ente que só vêm à tona sob certas condições de despressurização da Razão Subjetiva e Consciência.
O incansável questionador pode,a esta altura da trova,inferir ainda:"Tudo bem,parece-me que a dimensão Sagrada com tudo aquilo que possui de Inconsciência traduz-se na mais cabível de operar mágica e extaticamente,entretanto qual garantia detens de que num dissolver das fronteiras do 'Sagrado' e 'Profano' ter-se-ia uma primazia da profanidade sobre a sacralidade?".Realmente,constrói-se pensável uma equação oposta onde se viveria quase num perene estado de Iluminação libérrimo de tudo que é "Profano" e "Cotidiano".Porém, a hipótese de acontecimento dessa sorte de resultado é baixíssima...
Desde que somos expelidos entre sangue,urina e imundícies fisiológicas na dita Terra,sofremos um progressivo processo de normatização das ações,pensamentos e emoções segundo a moralidade duma dada época histórica.Somos,até mesmo,persuadidos que detemos um Ego substancial e monista apto a representar-nos como identidade dia após dia...Logo,tal deformação massiva,constante e genérica muito dificilmente poderá ser rompida sem um,socialmente assim julgado,"prejuízo psiquiátrico" irresilível(Exemplo: Esquizofrenia),estoicismo(Exemplo:Suportar a pobreza causada pela exclusão feita pela Sociedade gregária) e serenidade.Observando-se,mesmo de relance,os mais visíveis elementos da Coletividade dos Entes,apercebe-se de que mui menos da metade deles é dotado de tamanhas coragem,estoicismo e placidez indispensáveis para uma alteração de tamanha magnitude.O "Sagrado" compõe-se menos "forte","viável" e "concreto" que o "Profano",tendo este cabeiro uma mais plausível condição de imposição continuada do que aquele...
Conclui-se,desta maneira,que uma manutenção prolongada no estado "lupino" ou "animalesco" do rito forçaria a uma perda de divisória entre o "Sagrado" e "Profano" no magista.As conseqüências menos graves e notórias,materilizar-se-iam numa perda de eficácia do ritual por sua recém-adquirida "banalidade"...
Ritual De Invocação De Lilith
O nome Lilith vem, provavelmente, da Suméria e significa: "aquela que se apoderou da Luz". Originalmente, Lilith tinha um só aspecto, "a terrível Deusa-Mãe". No desenrolar da evolução do mito, ela conservou dois aspectos singulares: . Como uma prostituta divina, ela tenta seduzir todos os homens; . E, como a terrível mãe, ela ambiciona prejudicar mulheres grávidas. Estes dois aspectos de Lilith são encontrados nas escrituras babilônicas como personificações de Camaschtu e Ishtar. Nos textos mágicos aramaicos ela aparece como um demônio, que causa tanto doenças corporais, esterilidade, aborto, como também perturbação psíquica. Dizem que ela não só aparece em sonhos e visões como, também, os provoca. Dos Códigos Antigos do Sacerdócio (Gênesis) consta que Lilith foi a primeira mulher de Adão. Deus criou Lilith, assim como Adão, do barro. Surge, assim, uma briga entre os dois, porque Lilith, no "movimento conjugal", não queria se deitar por baixo. Lilith se referia à criação com o mesmo barro e desejava igualdade de direitos. Como Adão não conseguia aceitar que Lilith se deitasse por cima, ela o abandona e atrai para si de volta o Mar Vermelho (Deus, então, cria para Adão uma mulher dócil - Eva. Pois ela é somente uma costela, para não poder se rebelar.).
Motivos da Invocação
Podemos chamar Lilith para abortar crianças indesejadas. Para fazer correr desde aquele vizinho inoportuno, indesejável (não é à toa que um dos seus nomes é "a estranguladora"). Mas, também podemos chamá-la para nos ajudar a quebrar tabus ou nos livrar de nossos próprios padrões, conceitos e preconceitos.
A Invocação
RGP ( Banimento).
O templo é iluminado por uma vela. A Sacerdotisa, que está com o corpo pintado de preto, fica de cócoras no meio da sala. Os participantes entram nus e, um a um, no templo. Ao fundo um monótono tamborilar. Os participantes sentam em círculo em volta da Sacerdotisa.
Estabelecimento de Intenção:
"É nosso desejo, nos libertar de nossos preconceitos em relação à nossa conduta sexual." A música ressoa (de preferência: "Diamanda Galás - Deliver me from mine enemies") e as invocações passam a ser entoadas. Enquanto os participantes entoam um mantra, visualizam a sacerdotisa como Lilith ( ela é uma Deusa com duas grandes asas e enormes pés de aves com garras para agarrar as presas).
Para os mantras, os participantes são divididos em dois grupos:
Mantra l: KISIKIL LILAKE.
Mantra 2: KISIKIL UDDAKARA
( Os mantras são entoados alternadamente.).
Quando a Sacerdotisa incorpora, ela se levanta e começa a dançar. Em algum momento ela grita alto e os participantes encerram os mantras. Invocação Enochiana.
Após, a música recomeça e a Sacerdotisa busca um participante para dançar dentro do círculo. Cada participante joga uma pedra, como sacrifício para a Deusa, em um alguidar com um líquido vermelho e, então, outro participante entra no círculo. Os participantes dançam e carregam o Sacramento. Separam-se.
Agradecimento e RGP ( Banimento).
Invocação l :
Terrível ela é, impetuosa ela é, ela é uma Deusa, horrível ela é. Seus pés são como dos pássaros, seus cabelos são soltos, suas mamas são desnudas.
Suas mãos estão em carne e sangue.
Deusa Negra, preto sobre preto.
Sangue ela irá comer, sangue ela irá beber. Como um boi irá bramir, como um urso irá resmungar, como um lobo irá esmagar.
Invocação 2 :
Negra ela é, mas bela!
Seus lábios são vermelhos como a Rosa, mais doce que toda a doçura do mundo. Ela é a prostituta Lilith, ela que na escuridão voou do deserto para cá, para seduzir as pessoas. Ela é a causadora de sonhos e visões prazerosas. Uma prostituta ela é! Ela é a primeira Eva, a Deusa que combate à frente com revoluções pela liberdade. Ela é KI-SIKIL-LIL-LA-KE, uma menina permanentemente gritante!
Lilith - Invocação em linguagem lunar :
OMARI TESSALA MARAX,
TESSALA DODI PHORNEPAX.
AMRI RADARA POLIAX
ARMANA PILIU.
AMRI RADARA PILIU SON,
MARI NARYA BARBITON
MADARA ANAPHAX SARPEDON
ANDALA HRILIU.
Tradução:
Eu sou a prostituta, aquela que abala a morte.
Este abalo dá à paz, prazer realizante.
Imortalidade nasce em meu crânio, e música na minha vulva.
Imortalidade nasce na minha vulva também, pois minha luxúria é um doce
perfume, como um instrumento de sete lados tocado para Deus, o invisível, o
Todo-soberano, que vagueia ao redor, que dá o grito estridente do Orgasmo.
( Aleister Crowley : "A Visão e a Voz").
Invocação Enochiana :
OL GOHE
Eu invoco
DO AO IP KI-SIKIL-UD-KAR-RA
o nome de Ki-Sikil-Ud-Kar-Ra
DAS I VAMAD BABALON BABALOND
aquela que é chamada de prostituta perversa
PI GIU EORS CORAXO
ela é mais forte do que mil trovões
PA MAZABA VAPAAH VOUINA
ela vem com asas de dragão
I TOLTORGI
e com todas as suas criaturas
BUTMONI PARM ZUMVAI
de suas bocas jorra sangue
PA BAHAL CINILA
ela chora sangue em alta voz
EOLIS OLLAG ORSABA
fazendo os homens ficarem inebriados
OD GOHIA CICELES TELOCHI
dizendo os mistérios da morte e
MALPIRGAY
aumentando a chama da vida.
MAZABA LILITH !
Venha Lilith!
ZAMRAN LILITH !
Apareça Lilith!
Motivos da Invocação
Podemos chamar Lilith para abortar crianças indesejadas. Para fazer correr desde aquele vizinho inoportuno, indesejável (não é à toa que um dos seus nomes é "a estranguladora"). Mas, também podemos chamá-la para nos ajudar a quebrar tabus ou nos livrar de nossos próprios padrões, conceitos e preconceitos.
A Invocação
RGP ( Banimento).
O templo é iluminado por uma vela. A Sacerdotisa, que está com o corpo pintado de preto, fica de cócoras no meio da sala. Os participantes entram nus e, um a um, no templo. Ao fundo um monótono tamborilar. Os participantes sentam em círculo em volta da Sacerdotisa.
Estabelecimento de Intenção:
"É nosso desejo, nos libertar de nossos preconceitos em relação à nossa conduta sexual." A música ressoa (de preferência: "Diamanda Galás - Deliver me from mine enemies") e as invocações passam a ser entoadas. Enquanto os participantes entoam um mantra, visualizam a sacerdotisa como Lilith ( ela é uma Deusa com duas grandes asas e enormes pés de aves com garras para agarrar as presas).
Para os mantras, os participantes são divididos em dois grupos:
Mantra l: KISIKIL LILAKE.
Mantra 2: KISIKIL UDDAKARA
( Os mantras são entoados alternadamente.).
Quando a Sacerdotisa incorpora, ela se levanta e começa a dançar. Em algum momento ela grita alto e os participantes encerram os mantras. Invocação Enochiana.
Após, a música recomeça e a Sacerdotisa busca um participante para dançar dentro do círculo. Cada participante joga uma pedra, como sacrifício para a Deusa, em um alguidar com um líquido vermelho e, então, outro participante entra no círculo. Os participantes dançam e carregam o Sacramento. Separam-se.
Agradecimento e RGP ( Banimento).
Invocação l :
Terrível ela é, impetuosa ela é, ela é uma Deusa, horrível ela é. Seus pés são como dos pássaros, seus cabelos são soltos, suas mamas são desnudas.
Suas mãos estão em carne e sangue.
Deusa Negra, preto sobre preto.
Sangue ela irá comer, sangue ela irá beber. Como um boi irá bramir, como um urso irá resmungar, como um lobo irá esmagar.
Invocação 2 :
Negra ela é, mas bela!
Seus lábios são vermelhos como a Rosa, mais doce que toda a doçura do mundo. Ela é a prostituta Lilith, ela que na escuridão voou do deserto para cá, para seduzir as pessoas. Ela é a causadora de sonhos e visões prazerosas. Uma prostituta ela é! Ela é a primeira Eva, a Deusa que combate à frente com revoluções pela liberdade. Ela é KI-SIKIL-LIL-LA-KE, uma menina permanentemente gritante!
Lilith - Invocação em linguagem lunar :
OMARI TESSALA MARAX,
TESSALA DODI PHORNEPAX.
AMRI RADARA POLIAX
ARMANA PILIU.
AMRI RADARA PILIU SON,
MARI NARYA BARBITON
MADARA ANAPHAX SARPEDON
ANDALA HRILIU.
Tradução:
Eu sou a prostituta, aquela que abala a morte.
Este abalo dá à paz, prazer realizante.
Imortalidade nasce em meu crânio, e música na minha vulva.
Imortalidade nasce na minha vulva também, pois minha luxúria é um doce
perfume, como um instrumento de sete lados tocado para Deus, o invisível, o
Todo-soberano, que vagueia ao redor, que dá o grito estridente do Orgasmo.
( Aleister Crowley : "A Visão e a Voz").
Invocação Enochiana :
OL GOHE
Eu invoco
DO AO IP KI-SIKIL-UD-KAR-RA
o nome de Ki-Sikil-Ud-Kar-Ra
DAS I VAMAD BABALON BABALOND
aquela que é chamada de prostituta perversa
PI GIU EORS CORAXO
ela é mais forte do que mil trovões
PA MAZABA VAPAAH VOUINA
ela vem com asas de dragão
I TOLTORGI
e com todas as suas criaturas
BUTMONI PARM ZUMVAI
de suas bocas jorra sangue
PA BAHAL CINILA
ela chora sangue em alta voz
EOLIS OLLAG ORSABA
fazendo os homens ficarem inebriados
OD GOHIA CICELES TELOCHI
dizendo os mistérios da morte e
MALPIRGAY
aumentando a chama da vida.
MAZABA LILITH !
Venha Lilith!
ZAMRAN LILITH !
Apareça Lilith!
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